Uma das ações de saúde realizadas neste início de ano pela equipe da secretaria de Saúde de São Simão é a campanha Janeiro Roxo, com atividades de conscientização sobre a hanseníase para marcar o Dia Nacional de Combate e Prevenção, comemorado no último domingo do mês de janeiro. Considerada uma das mais antigas enfermidades da humanidade a doença tem cura, porém representa um problema de saúde pública por ser negligenciada. A hanseníase é uma infecção contagiosa de evolução crônica, que se manifesta por lesões na pele e sintomas neurológicos como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. Ela é transmitida por meio do contato próximo e prolongado entre as pessoas. Seu diagnóstico, tratamento e cura dependem de exames clínicos e, principalmente, da capacitação do médico. Quando descoberta tardiamente pode deixar deformidades e incapacidades físicas. O tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes inclusive podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. Essas e outras orientações estão sendo levadas a entidades da cidade que acolhem pessoas em situação de rua, que têm menos acesso à informação. Na manhã desta terça-feira, 28, a enfermeira Jéssica Fernanda, Coordenadora das Unidades Básicas de Saúde, e as enfermeiras Fabíola, Elvira, Juliana e Pricilla distribuíram material educativo, informou e esclareceu dúvidas, durante todo o dia, de pessoas que passaram pelas proximidades da Secretaria de Saúde, do Hospital Municipal e, também da Subprefeitura de Itaguaçu. “O tratamento é muito eficaz, mas quanto mais cedo a doença for descoberta, melhores são os resultados. Por isso é importante procurar o médico assim que surgir qualquer um dos sinais”, orientou Jéssica. Os principais indicativos da doença são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. Podem surgir caroços na pele, dormências, diminuição de força e inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos ou sensação de choque nos braços e nas pernas, entupimento nasal e problemas nos olhos. O atendimento envolve equipe multiprofissional e dermatologista. O Brasil é o segundo país no mundo em novos casos de hanseníase diagnosticados anualmente (o primeiro é a Índia). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 150 países contabilizaram 210.671 novos casos da doença (dados de 2017), o que corresponde a 2,8 casos a cada 100 mil habitantes. No Brasil, no mesmo ano, foram detectados 26.875 casos novos – média de 12,9 casos a cada 100 mil habitantes. Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará, e Piauí são os que apresentam os maiores índices da doença.